1- A vida na escola. No que era baseado o método? Como a criança era tratada? Pág.23
Antes de deixarmos a Antiguidade, vale a pena observarmos como era a vida nas escolas. Tratemos agora do método que era baseado na memorização e na repetição (método mnemônico). A criança era tratada como um adulto, não existindo um método específico para a sua aprendizagem e, quando ela não correspondia às expectativas do mestre, era comum o castigo físico, denominado por Manacorda de “sadismo pedagógico”.
2- Ocorriam agressões de alunos contra mestres? Explique. Pág. 23
Mas, segundo esse autor, as agressões ocorriam também de alunos contra mestres, especialmente se considerarmos que a maioria dos mestres de bê-á-bá era de origem popular, escravos ou ex-escravos. Nesse contexto, o pedagogo, cujo trabalho consistia em acompanhar a criança até o local de sua aprendizagem, também era, a princípio, um escravo. A educação das crianças e jovens seguia a seguinte trajetória a partir do século V a.C.: primeiro os pais, depois nutriz (ama) e pedagogo; em seguida, a figura do gramático (que ensinava o bê-á-bá); o citarista (professor de música) e o pedotriba (professor de ginástica); enfim, aos cuidados da cidade, a aprendizagem das leis, isto é, dos deveres e direitos do cidadão.
3- Roma 169 a.C. Explique sobre a introdução de uma escola de nível mais elevado. Pág. 24
No final do século IV a.C. e início do III a.C., a escola em Roma era uma instituição normalmente difundida, embora uma verdadeira escola de nível mais elevado (gramática e retórica) surgisse somente em 169 a.C. De acordo com o autor, a introdução desse novo nível de instrução encontrou obstáculos, pois não se tratava mais só de aprender as letras do alfabeto para fins práticos de um povo de cidadãos-soldados. A gramática, que inicialmente era apenas a arte de ler e escrever, evoluiu para um aprendizado de cultura geral (crítica aos textos, literatura). Ela não era utilizada em Roma e muito menos ainda honrada, porque o seu povo era rude e belicoso e pouco se dedicava às disciplinas liberais, segundo registrou o escritor Suetônio, e também a retórica, exatamente como a gramática, foi aceita tardiamente e com dificuldade ainda maior.
4- Em Roma aconteceu o preconceito contra uma educação com finalidade prática? Explique. Pág.24
Quanto ao preconceito contra a educação com finalidade prática, a mesma teorização de Platão e Aristóteles aconteceu em Roma: um cidadão livre poderia dedicar-se a atividades artísticas e literárias não como exercício de uma profissão, mas somente como uma atividade cultural desinteressada. Cícero (106-43 a.C.), por exemplo, distinguiu as profissões liberais das indignas, não reconhecendo, porém, nem nas primeiras, alguma dignidade civil.
5- O que era mais importante para Quintiliano? Na concepção de Quintiliano quais seriam as disciplinas fundamentais? Pág. 25
Mas depois, Quintiliano (aproximadamente 35-95 d.C.) fará a sistematização das disciplinas, propondo um programa ideal de estudos que, após a aprendizagem inicial do alfabeto, tinha na escola de gramática, uma escola de cultura geral, condição para prosseguir com o ensino da retórica, para ele o mais importante. Sendo a escola de retórica uma criação dos gregos, é possível avaliarmos o quanto a escola romana tinha de próprio. Na concepção de Quintiliano, a escola de gramática formaria o homem culto, capaz de falar bem e entender os autores. Para isso, seriam necessárias outras disciplinas fundamentais, como a música, a astronomia, a filosofia natural (ciências) e a eloquência, cujo estudo se completaria com um nível mais elevado, a escola de retórica.
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