segunda-feira, 8 de outubro de 2018

RS Negro- Cássia

RS NEGRO – CARTOGRAFIAS SOBRE A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO


1- Onde Francisco residia? Como onde trabalhava Francisco? Qual proposta os farrapos fizeram a Francisco? Pág. 62
Francisco residia em Piratini e, trabalhava nas lavouras de seu amo, proprietário de algumas terras na cidade de Canguçu. Neste dia, Francisco foi cedido por seu amo aos chefes farrapos para integrar um dos muitos corpos de infantaria e artilharia das forças rebeldes. Incorporados às tropas , os africanos foram levados à casa de um irmão de Bento Gonçalves, onde lhe disseram que se lutassem no exército farroupilha receberiam liberdade. Desta forma, tomaram conhecimento da proposta dos Farroupilhas de conceber liberdade a todos os escravos que lutassem em suas fileiras, ficando esta liberdade condicionada ao término da guerra.

2- Alistado, como Francisco conseguiu a liberdade? Pág. 63
Alistado, Francisco passou a fazer parte de um dos corpos de lanceiros e em uma das incursões dos mesmos a Montevidéu o oficial responsável pelas tropas dispensou todos os negros por não possuir dinheiro para pagar seus soldos. Em função disso, disse a todos os escravos que "estavam livres", tendo os mesmos recebidos "papéis" individuais.

3- Em qual sentido assistimos um processo de releitura da história do Rio Grande do Sul? Pág. 65
Nos últimos anos, assistimos a um processo de releitura da história do Rio Grande do Sul, especialmente no sentido de ressaltar a diversidade de sua composição étnica através da incorporação de índios, negros e mestiços à produção historiográfica, como integrantes e importantes contribuintes à formação social da região.

4- O que informava o relato do imigrante alemão João Daniel Hillebrand? Pág. 66
O relato de João Daniel Hillebrand, imigrante alemão e Diretor Geral da Colônia de São Leopoldo, é revelador da composição étnica da tropa que tomou Porto Alegre no dia 20/09/1835. Em depoimento da época, informava aos seus "patrícios alemães que uma partida, pela maior parte composto de negros e índios" estaria ameaçando as autoridades da Província. (BENTO, 1975, p 172)
5- Como eram recrutados a maioria dos escravos? De quais formas se dava a arregimentação? Pág. 67
Esses escravos eram na sua maioria recrutados entre os negros campeiros e domadores da região sul do Estado, especialmente nas proximidades da Serra dos Tapes e do Herval, e nas localidades de Piratini, Caçapava do Sul, Encruzilhada do Sul, Arroio Grande e Canguçu. A arregimentação se dava de várias formas: Através da solicitação de escravos a senhores simpáticos à causa farrapa, pela captura forçada de negros pertencentes a proprietários leais ao Império e via sedução com a promessa de alforria, o que acabava por ocasionar o engajamento voluntário de cativos que fugiam de seus senhores, vislumbrando no exército farroupilha uma possibilidade de liberdade. Ou, ainda, poderiam adentrar as tropas em substituição de indivíduo livre convocado, o qual podia oferecer um escravo com carta de alforria para lutar em seu lugar.

6- Copie o depoimento do italiano Giuseppe Garibaldi. Pág. 69
Esse corpo de lanceiros, composto em geral de negros livres da república, e escolhidos entre os melhores domadores de cavalos da província, tinha unicamente os oficiais superiores brancos, e nunca o inimigo havia visto as costas destes filhos da liberdade. As suas lanças, que eram maiores do que as comuns, os seus rostos pretos como o azeviche, os membros robustos e sua disciplina exemplas faziam o terror dos inimigos.

7- Explique sobre o documento conhecido por “Carta de Porongos”. O que revelaria seu conteúdo? Pág. 70
Alguns anos depois, a divulgação de uma correspondência atribuída a este conflito deu início a uma polêmica sobre o seu caráter. Tal documento, que ficou conhecido como "Carta de Porongos", teria sido enviado pelo Barão de Caxias (Presidente da Província do Rio Grande do Sul e Comandante em Chefe do Exército imperial na região) a Moringue. O seu conteúdo revelaria a existência de um acordo prévio entre o Barão e as lideranças farroupilhas, visando facilitar a ofensiva imperial contra os lanceiros acampados em Porongos e acabar com o conflito que se arrastava há quase uma década. Em determinado trecho da correspondência, Caxias informaria a Francisco Pedro o local, dia e horário para o ataque, garantindo-lhe que a infantaria farroupilha estaria desarmada pelas suas lideranças.

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